quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CAPÍTULO 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

CAPÍTULO 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
3.1 - Conservação dos Recursos Naturais.
Todos os recursos naturais precisam de cuidados e manutenção, tendo em vista que os seres vivos necessitam que eles continuem a existir para que haja um equilíbrio ecológico. A educação ambiental para a qualidade de vida evidencia a importância de se cuidar da natureza e implica em questões socioambientais, levando o homem a agir e pensar de modo responsável no presente, pensando nas gerações futuras, daí a necessidade de mudanças no contexto da vida humana, devido a grande degradação ambiental e o colapso ecológico, colocando o homem a ter uma visão de hábitos, atitudes e comportamentos diferenciados, pois a vida no planeta está em risco. É necessário repensar as ações, praticando uma gestão melhor dos recursos naturais, pois os recursos devem ser explorados de maneira sustentável, tendo em vista que muitos recursos naturais não são renováveis e cabe ao homem usá-los de maneira moderada, para que estes continuem a existir na natureza.
Para Barros (2002), explorando o ambiente de forma sustentável pode se conciliar homem natureza, pois: “a natureza tem seu próprio ritmo para produzir. Ela precisa de pouco tempo para repor alguns recursos que extraímos do ambiente”.
Em relação ao meio ambiente os Parâmetros Curriculares do Meio Ambiente diz que:
À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível. Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de agrotóxicos, e a urbanização, com um processo de concentração populacional nas cidades. A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com conseqüências indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa. Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas . Onde moravam algumas famílias, consumindo alguma água e produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo por dia. Essas diferenças são determinantes para a degradação do meio onde se insere o homem. Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a riqueza, gerada num modelo econômico que propicia a concentração de renda, não impede o crescimento da miséria e da fome. Algumas das conseqüências indesejáveis desse tipo de ação humana são, por exemplo, o esgotamento do solo, a contaminação da água e a crescente violência nos centros urbanos. (BRASIL, 1997, p. 19 – 20).
Estudos comprovam que cerca de quatro mil crianças morrem diariamente em todo o mundo, vitimas de doenças contraídas por água contaminada e poluída. Além da contaminação e da poluição a água doce vem sendo disputada em todo o planeta pela agricultura; principalmente em obras de irrigação e por atividades industriais. Muitos países reciclam a água para aproveitamentos diversos, é o caso do Japão que recicla 70% de água das indústrias, apenas 30% vão para os esgotos.
O desequilíbrio ecológico acontece porque tratamos erroneamente o meio ambiente. Poluímos, degradamos, destruímos as florestas, os rios, o solo, os oceanos, fazendo o uso dos recursos naturais de maneira exagerada e sem planejamento adequado, impedindo que possam se recuperar do dano causado. Apesar de o homem ser, um ser racional, ele é o principal responsável pela destruição do planeta, muitas vezes se esquecendo de que ele não é o único ser prejudicado, colocando a própria vida e a dos outros seres em risco, na busca de um progresso sem medida.
De acordo com Barros (2002), o desequilíbrio ecológico é influenciado por destruição exacerbada do ambiente, e a poluição do ar e derrubada de árvores afeta de maneira geral todo o planeta.
Diante das várias problemáticas existentes de agressão com a vida e com os recursos naturais existentes no planeta, torna-se urgente à mudança de consciência em torno das questões ecológicas, mudando a conduta dos indivíduos na sua maneira de agir, pensar e utilizar os recursos naturais do meio ambiente, pois é possível obter uma sustentabilidade onde prevaleça o bem maior a vida. A Educação Ambiental para a sustentabilidade, é relacionada ao uso correto do meio ambiente e deve ser alimentada em todas as formas de pensamento no resgate da organização da sociedade, onde o impacto ambiental seja o mínimo possível e não interfira com a estrutura natural do meio ambiente.
O art. 225 da Constituição Federal de 1988 significou um avanço no estabelecimento de limites no modelo de desenvolvimento que atuam desregradamente no meio ambiente. Como a humanidade sempre dependeu dos recursos naturais para sua sobrevivência, foi necessário implantar uma nova forma de utilizar os recursos naturais bióticos e abióticos de maneira sustentável, porque a conservação e preservação das espécies que compõem a biodiversidade são necessárias, pois o homem é um ser interdependente de outras espécies existentes.
A Amazônia brasileira representa 40% de florestas tropicais existentes no mundo é rica na biodiversidade e possui uma reserva hídrica que é um verdadeiro tesouro, que ainda não foi totalmente explorado. O Brasil também é considerado campeão em relação à variedade de espécies existentes do Planeta, possui 23% do total de espécies animais. Somos ricos em espécies de peixes da água doce, anfíbios e mamíferos.
Por isso, é de fundamental importância, desde cedo ensinar as crianças a cuidar da natureza e ajudar a salvar O Planeta Terra, refletindo sobre a derrubada de árvores, queimadas descontroladas, poluição das águas, solo, ar e sobre a agressão a fauna e a flora... Está na hora de pararmos de por a culpa no Poder Público e fazermos a nossa parte, pois é urgente salvar a Terra. Para isso, é necessário que cada um pense e reflita sobre o que se pode fazer pessoalmente, em sua realidade, buscando melhorar a qualidade de vida e conservando a natureza para as futuras gerações. 

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