quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Capítulo 2. AQUECIMENTO GLOBAL.

Capítulo 2. AQUECIMENTO GLOBAL.
2.1 A Camada de Ozônio.

A camada de ozônio formada há cerca de 400 milhões de anos, foi fundamental para o desenvolvimento da vida do Planeta Terra, essa camada funciona como uma espécie de filtro do planeta absorvendo parte da radiação ultravioleta (UVB) emitida pelo Sol. A Terra está constantemente recebendo energia do Sol, principalmente na forma de luz ou radiações visíveis. Uma parte dela é absorvida pela superfície terrestre, enquanto que outra é refletida pela própria superfície na forma de radiações infravermelhas. Sem a camada de ozônio a capacidade de fotossíntese das plantas diminuiria com a radiação e promoveria maior desenvolvimento de doenças, como câncer de pele e catarata.
O aparecimento de buracos na camada de ozônio é um processo natural, pois ela forma uma excelente barreira, dificultando a penetração das agressivas radiações ultravioletas, porém a atividade humana vem contribuindo para que isso se manifeste com mais intensidade, alterando a quantidade de gases químicos na atmosfera. O lançamento de gases na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, o metano, os óxidos de nitrogênio e os hidrocarbonetos halogenados. Essas emissões de substâncias químicas halogenadas artificiais, entre elas os clorofluorcarbonos (CFCs), e o processo de aquecimento global intensificam as reações químicas que destroem o ozônio. 
Segundo o Protocolo de Montreal a estratosfera, situada entre 20 e 35 quilômetros de altitude, é composta basicamente de um gás rarefeito constituído de moléculas com três átomos de oxigênio, o ozônio (O3). O impacto dos CFCs na camada de ozônio foi explicado em 1974 pelos químicos F. Sherwood Rowland e Mario Molina, ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 1995. Desenvolvidos na década de 1930 para ser utilizados como fluidos refrigerantes em geladeiras e sistemas de ar-condicionado, os CFCs passaram depois a ter diversas aplicações (propelentes de sprays, solventes para limpeza de circuitos eletrônicos e agentes para produção de espumas de poliuretano). (ALMANAQUE ABRIL, 2004).
Para NASCIMENTO (2003), a partir do oxigênio natural o ozônio se forma continuamente na estratosfera por ação dos próprios raios ultravioletas, mas ao mesmo tempo, ele é destruído, também por via natural, transformando-se novamente em oxigênio, essas duas reações se dão de forma equilibrada. No entanto, algo estranho ao processo natural acelera a destruição, explosões vulcânicas, tempestades de raios, poluentes industriais, podem ser os responsáveis pelo buraco na camada de ozônio. Acordos internacionais estão sendo assinados para reduzir o uso dos gases freons (gases produzidos pelo homem), pois, as alterações climáticas em escala mundial são mais difíceis de serem comprovadas. Ainda se discute se as alterações no macroclima são resultados de mudanças naturais do sistema atmosférico ou são provocadas pela intervenção humana. A comunidade cientifica ainda não comprovou que o homem é o principal responsável causador das alterações macroclimáticas, a comunidade internacional está hoje mais preocupada com os problemas do meio ambiente e mais disposta a encontrar soluções para eles.
(...) A urgência em proteger a camada de ozônio fez 24 países desenvolvidos assinar um compromisso em 1987, o Protocolo de Montreal. Em 2002, 183 nações ratificam o acordo. Objetivo: erradicação gradual das substâncias nocivas à camada de ozônio, entre elas os CFCs, os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), que são fluidos refrigerantes e agentes para produção de espumas; os halons, substâncias usadas na extinção de incêndios; o brometo de metila, utilizado como inseticida; o cloreto de metila; e o tetracloreto de carbono, esses dois últimos empregados como solventes. O protocolo estabeleceu um cronograma preciso, começando pelos CFCs – suprimidos em 1995 nas nações industrializadas e com prazo de até 2010 pare ser eliminados nas em desenvolvimento. O acordo surte efeito: entre 1988 e 1995, o consumo de CFCs cai 76% no mundo inteiro. No entanto, a efetivação do protocolo enfrenta problemas. Em meados da década de 1990, um mercado negro de CFCs começa a se consolidar. Em 2003, os EUA anunciam que querem aumentar o uso de brometo de metila, muito mais prejudicial que o CFC, alegando razões econômicas. (ALMANAQUE ABRIL, 2004).
As elevações climáticas provocam o aumento do efeito estufa, que é um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido e possibilita a manutenção da vida. Sua intensificação, porém, tem elevado excessivamente a temperatura do globo. A maioria dos especialistas sustenta que a principal causa é a queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural, as fontes de energia mais utilizadas desde o início da Revolução Industrial. O metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se fossem o vidro de uma estufa de plantas. O gás carbônico – O CO2 responde por aproximadamente 50% da composição atual dos gases de efeito estufa. “Segundo estimativas publicadas no World Resources 2000/2001, em todo o mundo foram lançados no ar 718 bilhões de toneladas de CO2 entre 1950 e 1996”. O transporte rodoviário é uma de suas maiores fontes de emissão. Mesmo considerando que houve melhora significativa no controle de emissão dos motores, esses veículos jogam na atmosfera mais de 900 milhões de toneladas de CO2 por ano.
 O aumento da temperatura média global do século XX foi o maior nos últimos cinco anos com uma temperatura média entre 0,3 °C e 0,6 °C. Parte da comunidade científica, porém, suspeita que esse aquecimento seja um fenômeno natural. A comprovação dessa hipótese, no entanto, ainda depende da continuidade das pesquisas. O que se sabe com certeza é que, se o aquecimento prosseguir, as águas oceânicas poderão subir até 1 metro durante o século XXI, o que inundaria cidades e plantações e provocaria o êxodo de milhares de pessoas em todo o mundo. Projeções computadorizadas indicam que a elevação pode atingir 3 º Celsius no ano de 2050.
As conseqüências de um aumento da temperatura nessa escala, segundo a projeção provocaria um efeito estufa descontrolado podendo trazer um grande impacto ambiental em todo o mundo, provocaria o aumento do derretimento do gelo, dos pólos e das montanhas e conseqüentemente a elevação do nível das águas dos oceanos. Uma alteração do nível das águas dos oceanos traria um grande impacto sobre as áreas litorâneas da terra, todavia, o que mais assusta no efeito estufa descontrolado é a possibilidade de causar um impacto ambiental de proporções globais, ameaçando a própria existência humana.

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